O vento passa e zune
Brunindo campos e
searas
Amarra troncos e
giestas
Num redemoinho
incessante
Estalando o
entrelaçado
Como foguetes de
festa
O ar frio corta
desabrido
Sem correntes, sem
margens
Rasga o calor, quebra
a doçura
Cristalizada,
multicolor, qual imagem
Reminiscência ou
ilusão
Névoa ou realidade
impura
Eleva e morre em si o
sonho
Tela, tinta, luz e
pincel
Pintura frágil que
ressalva o Norte
Desatina o sul e
estilhaça
Em mil pedaços o
barco de papel!