Quero ser como o Outono
Ter em mim todas as cores
Trazer no olhar todas as paisagens
Na alma todos os cheiros.
Quero ser como o Outono
Barco veleiro de todas as paragens,
Mirantes risonhos e prazenteiros.
Aguarela onde cabem definidos
Os traços, as linhas do horizonte,
Onde repousam os caminheiros
Os cajados e as sandálias gastas
De andanças e sendas fartas.
Quero ser como o Outono
Mesa posta, casa cheia
Dádiva, aconchego e regaço
Candeia acesa na tarde rubra
Corpo que anseia o teu abraço.
14 de Setembro de 2016
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