Nascem palavras em teus olhos
E crescem melodias em meu peito
Batem asas as gaivotas da
aventura
E pressinto os algares e a
lonjura
Quando a noite refulge
Na prata das estrelas
O silêncio ebúrneo
Desmaia nas tuas mãos
Que acariciam a luz
Da minha voz ténue,
Quase inaudível.
Chamo-te.
O eco devolve-me
Ao vazio deste anseio.
Sonho.
Vagueio por caminhos incertos
E o brilho diamantino dos teus
olhos
Entoa-me canções de há muito
tempo…
Afasto-me
Da sombra dessa luz
E choro-te.
Ao meu pai, Salvador Gomes de Almeida
05 de Abril de 2012